A menina chora atordoada. Alguém sempre diz que isso logo passa. O ódio parece com os olhos das garotas sentadas esperando a mesma sorte. Uma finalidade ou fatalidade escrota.
"Tudo fica bem" - Eles dizem agora e Natália odeia ouvir. Hoje o som da sala branca enlouquece pra evitar esse tipo de pensamento. Pronto. Foi. Acabou.
O ruído ainda é enorme. Ela força as mãos pequenas tentando esconder os ouvidos enquanto a pressão cai. Nunca se sentiu tão fraca (frágil?!) assim. Tudo é uma porrada de mão aberta, um furacão ao pé do ouvido.
- Não liga, amor. Eles dizem.
- Vão se fuder! Ela urra na ante-sala.