subiu as escadas com a certeza de que falara tudo que estava engasgado, voltou para viver as músicas e o amor. naquele dia sabia que a festa iria vivê-lo, que ele não tinha nenhuma responsabilidade sobre seus passos e beijos. do lado de fora, a vida desmoronava, e as incertezas quanto ao futuro maximizavam-se. como se quisessem o futuro antes do presente, o dia seguinte doeu e dói até hoje.
naquela escada perfeitamente iluminada, os dois descobriram, de maneiras distintas, que o mundo é pequeno demais quando vive-se pelo depois.
abatimento no andar, no copo e na luz.