Ela fica linda com aquele vestido vermelho de listras negras, eu coloco Racionais pra tocar na sala e tiro a camisa, o calor de janeiro no Rio deixa as janelas escancaradas para os vizinhos e o ventilador de teto gira rápido enquanto a Laura apaga o cigarro, me beija e ri sozinha. As primeiras semanas juntos passaram e ela diz que sempre foi desse jeito que imaginou tudo se acertando um dia, toca minha cabeça e corre a mão até o pescoço com os olhos fixos no movimento dos dedos, outro beijo e começo a descer a alça do vestido apontando para a mesa perto da janela.
Laura levanta e me leva até lá.
Ela senta, arrastando com força no braço meu corpo para perto da quina da mesa, beija com raiva e eu tiro sua calçinha em um tranco afoito e descompassado com o movimento de suas pernas que tentam facilitar o caminho. Vou forçando a entrada em seu sexo com as mãos agarradas no pouco cabelo entre a nuca e os ombros de Laura. Ela reclina o corpo na mesa e é maravilhoso olhar seus seios, com o vestido meio palmo abaixo, enquanto trepamos sem pensar se alguém olha lá de fora, se as outras janelas estão abertas ou as luzes acesas; porque se nos observam é com a vontade de viver algo parecido com isso. Só isso.