quarta-feira, abril 23, 2008

A força de um inferno (2)

"É lenha, é fogo, é foda" - Chico Buarque

Eu sonhei muito essa manhã. Acho que os ultimos dias desaguaram em mim e eu me escorri. Nessa fase R.E.M. a sociedade Todo Poderoso-Capeta é forte. Uma dança de belzebus e potestades se arremessando na minha doce e confusa noção de vida, cuspindo suas crias oníricas na minha psiqué.

Havia brados, vontades de revolução, havia caminhos e havia você.

A primeira definição para 'demônio' do dicionário é de uma entidade da mitologia grega, uma espécie intermediária entre o natural e o divino. Eis você, a dona do silêncio cruel, das reações demoníacas (escolha um sentido). Escolha. É tudo o que a gente tem, não? É o nosso tormento, ou o meu.

Eu não sei. O cliché deve ser verdadeiro. Dizem que a grande artimanha do tinhoso foi convencer a humanidade de que ele não existia. Te reconheço pelo cheiro, pelo sabor - "so bitter and so sweet" - e pelo entrelaçar de pernas.

Mas você existe?
Não faço idéia, o inferno é uma caminhada sem referenciais.