terça-feira, abril 08, 2008

Mulheres Invisíveis (2)

Elena disse que a vida era assim e foi. Tem problemas pra sentir as coisas, se injeta dormências. Gosta de frutas de gosto explosivo, mas engole com tanto cuidado que só sobram faíscas. Tem um sorriso de abrir o Mar Vermelho e mamilos em busca de devotos. A única coisa que ela sabe é onde mora.

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Sabrina nasceu do sexo casual entre o Etna e A Fantástica Fábrica de Chocolates. Fala três idiomas, eu nunca entendi nenhum deles. Nos comunicamos pela escala Richter. Além disso, seu corpo sempre foi muito digno de minhas erupções particulares. Seu sabor vem de dentro, escorre pra vida sem nenhum pudor. Sempre guarda o melhor pro fim.

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Liana é linda que nem o início do planeta. Ela traz à tona meus instintos paleozóicos. Tem a gravidade de um buraco negro. Ninguém nunca soube ao certo se ela existiu ou se o impacto foi da mudança de uma era. Foi uma fenda e um meio. Liana sempre foi uma promessa.