sábado, abril 12, 2008

A trip to my yard

It’s nothing fancy, just a little couch and me.*

Um pedacinho aqui do meu lado, um cheiro, um aconchego. Uns cantos; os meus, os seus e os que eu tento tirar do violão. Convido para a coberta, não tenho tanto a oferecer. Um tanto de mim, compacto num cômodo, cheio de ti. Preparo alguma coisa pra comermos – não que eu já tinha qualquer destreza gastronômica, mas porque estou sempre me criando pra você e essa é a obra de hoje.

A noite (ou o dia?) decorre como esse texto, movimentos espontâneos sem pressa, um parágrafo de cada vez. E como essas palavras, o tempo jorra camicaze sem saber quando você vai se alarmar com o que sentes e enclausurar nossos momentos nos compartimentos da sua incerteza. E nos picotar e me mandar embora - mesmo esse quarto e esse texto sendo meus - alegando a não substância dos teus gestos, gritando que me amar não é coisa que essa mulher faça, ou queira fazer, e que nessa quem vai me foder sou eu.

É bom dizer: eu não acredito.
Vai ter que se esforçar um pouco mais do que isso.

* Jamie Cullum - My Yard