sábado, fevereiro 02, 2008

Invasão

Pra quem? Pra quem?

Jorro. Soho. Morro.

Eu não moro em mim. Eu sou êxodo. Minhas palavras, meu desejo, minha porra; no momento em que existem não são mais meus. Ah, não vou falar que são teus. Mas são de quem?

Me peça, implore, diga que não há medida certa. Não cabemos, não devemos. Grite que não está frio porque ainda temos o céu de uma cidade para mapear. Tantas cachaças que ainda não provamos! Quantas camas ainda não deitamos? "Não há medida certa!"

Quero sentir você escorrendo na minha cara, queimando a minha pele; teu corpo se arremessando contra mim.

Quero a guerra de nossas diásporas.