sexta-feira, agosto 21, 2009

plástico

ela sabe me trazer pro mundo. me enfartar e me tornar à vida. ela é especial e quando venta sinto seu cheiro. meu pau endurece ao pensar no que somos capazes de fazer sem o plástico. látex que me permite entrar e sair sem que haja o toque e que nunca bastou pra nós.

somos tato. mucosa na mucosa. é pau dentro e ela nem ousa pedir para que eu tire.

ela é vida. uma parede em branco a qual preciso decorar. meus melhores enfeites, minhas melhores palavras, meu sono mais pesado são para preenchê-la. para devolver as cores e texturas que ela me proporciona. ela é sexo limpo, é amor que rasga sem partir. somos um corpo bruto, indivisível e irretocável.

somos o corte seco. sem enfeites, nem palavras, muito menos látex.